Condição que afeta cerca de 5% das grávidas, o hematoma (ou descolamento ovular) não é tão comum, mas precisa da devida atenção. Ele acontece quando o ovo desgruda do útero. É decorrente do acúmulo de sangue entre o saco gestacional (estrutura que precede a placenta) e a parede uterina.
O hematoma ocorre, na maioria das vezes, pois o saco não se implanta corretamente, deixando uma ausência de contato, o que favorece o surgimento do hematoma. O diagnóstico é realizado por meio de exame de ultrassonografia, que aparece como uma mancha escura.
Neste texto trazemos cinco fatos importantes que todo mundo deve saber:
1) Só pode ocorrer no início da gestação
Como o saco gestacional é a primeira estrutura formada após o embrião encontrar o óvulo, o hematoma só pode acontecer no primeiro trimestre da gravidez, ou seja, nas primeiras 12 semanas. Além disso, há um grupo de risco: mulheres com mais de 35 anos ou menos de 18 têm mais chances de ter o hematoma, por conta de alterações hormonais.
2) A mulher pode ter ou não sintomas
Para saber se teve o hematoma, o mais comum são os sangramentos intensos e as cólicas muito fortes. No entanto, há casos de mulheres que não têm sintomas. Por isso, é fundamental se consultar regularmente com o ginecologista ou obstetra, pois o profissional poderá diagnosticar a partir da ultrassom.
3) O problema pode causar aborto
O maior ponto negativo desta condição é que pode fazer a mulher perder o bebê, mas isso varia conforme o tamanho do hematoma. Se afetar mais de 50% do saco gestacional, há maior possibilidade de ocorrer o aborto. O exame vai mostrar se existe algum risco ou se o hematoma é decorrente apenas de uma alteração no processo de implantação do óvulo.
4) Tratamento vai de repouso a reposição de progesterona
Geralmente, o hematoma regride sozinho. O tratamento pode ser repouso de uma semana a 15 dias, absoluto ou não. Isso varia de acordo com a gravidade do caso. Além disso, podem ser receitada uma reposição de progesterona, hormônio responsável pela manutenção do primeiro trimestre da gestação. A prática de exercícios físicos de impacto e relações sexuais também devem ser evitadas.
5) Descolamento de óvulo é diferente de descolamento de placenta
Muitas pessoas confundem o descolamento ovular com o descolamento de placenta. Mas, são problemas diferentes. O primeiro, como dito antes, ocorre no primeiro trimestre de gestação, enquanto o da placenta apenas no segundo semestre. Em relação ao risco, o que ocorre no óvulo gera sangramentos e precisa de repouso, mas é facilmente controlado. Já o segundo tipo de descolamento traz graves consequências ao feto e necessita de uma intervenção de emergência.