Endometriose: entenda sobre a doença, saiba seus sintomas e conheça as cinco causas principais

Uma doença bem comum, mas que assusta algumas mulheres, é a endometriose. Essa é uma condição na qual as células do endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, crescem em outras regiões do corpo (quando deveriam ser expelidas). Às vezes, pode ocorrer em gerações seguintes de uma mesma família. Embora, normalmente, a endometriose seja diagnosticada entre 25 e 35 anos, ela começa alguns meses após o início da primeira menstruação.

 

O que pode assustar as mulheres é o fato de a endometriose e a infertilidade estarem associadas em 50% dos casos. Isso porque, as tubas uterinas ficam danificadas. O processo inflamatório crônico da doença, então, leva à formação de aderências do peritônio com outros órgãos pélvicos, dificultando ou impedindo o transporte de óvulo e espermatozoides. A presença dos cistos de endometriose (endometriomas) nos ovários também compromete a fertilidade.

 

A endometriose pode ser classificada em três tipos: leve, moderada e grave, sendo definidas como: superficial (atinge mais o peritônio); ovariana (acomete os ovários); profunda (quando os focos da doença infiltram-se na parede de um órgão por mais de cinco milímetros); de parede (acomete a parede abdominal); pulmonar (forma rara, em que o tecido endometrial responsivo aos hormônios através da corrente sanguínea se desenvolve nos pulmões).

 

Todo mês, os ovários produzem hormônios que estimulam as células da mucosa do útero (endométrio) a se multiplicarem e estarem preparadas para receber um óvulo fertilizado. A mucosa aumenta e fica mais espessa. Se essas células crescerem fora do útero, surge a chamada endometriose. Mas quais são as causas? Bom, não há uma exatidão sobre isso, mas estudos levantaram algumas principais, e nós separamos cinco delas aqui:

 

1)   Menstruação retrógrada (quando o sangue sofre um refluxo para a cavidade pélvica por meio das trompas);

2)   Crescimento de células embrionárias;

3)   Sistema imunológico deficiente;

4)   Após alguma cirurgia, como histerectomia ou cesariana

5)   Sistema linfático, que pode também transportar células do endométrio para outras partes do corpo e dar origem a um quadro de endometriose em locais mais distantes.

 

 

O primeiro sintoma da doença é a dor pélvica, quase sempre associada à menstruação, mas mais forte do que no ciclo menstrual. Outros sintomas são: dismenorreia; dor abaixo do abdômen ou cólicas; dores nas relações sexuais, ao urinar e ao evacuar; infertilidade; fadiga; e diarreia. A intensidade da dor não está relacionada à extensão da endometriose. Além disso, muitas vezes os sinais da doença podem ser confundidos aos de outros problemas. Por isso, a consulta ao médico é essencial.

 

O diagnóstico de endometriose pode ser feito por meio da descrição dos sintomas, mas provavelmente serão necessários alguns exames, como: exame pélvico com toque vaginal e retal; ultrassom; laparoscopia; e ressonância magnética. as opções de tratamento incluem medicamentos para controlar a dor e minimizar a progressão da doença; e cirurgia para retirar áreas afetadas ou a remoção dos dois ovários. A escolha depende da gravidade e da idade da mulher.

 

A terapia hormonal e a laparoscopia pélvica não curam a endometriose. Entretanto, podem aliviar os sintomas de modo parcial ou completo em muitas pacientes por vários anos. A histerectomia total representa a melhor chance de cura da doença, é muito raro que ela volte. Talvez seja necessário fazer terapia de reposição hormonal após a remoção dos ovários.

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