DIU de cobre: saiba tudo sobre o método contraceptivo mais usado no mundo

Você sabia que o dispositivo intrauterino (DIU) de cobre é atualmente o método anticoncepcional reversível mais usado no mundo? São cerca de 170 milhões de usuárias, ultrapassando de longe a pílula anticoncepcional (110 milhões), segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A eficácia de mais de 99%, a inexistência de hormônios e o longo tempo de ação (10 anos) costumam fazer com que o DIU satisfaça as necessidades contraceptivas da maioria das mulheres.

Para ajudar você a eliminar possíveis dúvidas, separamos algumas pontos importantes segundo o site do Ministério da Saúde.

O Diu é seguro como método contraceptivo?
Sim, ele tem eficácia de 99,3% ·

Qualquer mulher pode usar?
O DIU pode ser utilizado desde a adolescência até a menopausa. Hoje já se sabe que uma mulher que nunca passou por uma gestação, mesmo adolescente, e aquela que passou por uma cirurgia cesariana, podem ser candidatas ao uso do DIU. Além disso, pode ser usado por mulheres que estão amamentando e não interfere na produção, quantidade e qualidade do leite materno.

Quando se deve colocar o DIU?
Para mulheres que estejam menstruando regularmente, o DIU pode ser inserido a qualquer momento durante o ciclo menstrual, desde que haja certeza de que a mulher não esteja grávida, que não tenha malformação uterina e não existam sinais de infecção. Pode ser inserido, preferencialmente, durante a menstruação, pois tem algumas vantagens: se o sangramento é menstrual, a possibilidade de gravidez fica descartada; a inserção é mais fácil pela dilatação do canal cervical; qualquer sangramento causado pela inserção não incomodará tanto a mulher; a inserção pode causar menos dor.

Após o parto, o DIU pode ser inserido durante a permanência no hospital, se a mulher já havia tomado essa decisão antecipadamente. O momento mais indicado é logo após a expulsão da placenta. Porém pode ser inserido a qualquer momento dentro de 48 horas após o parto. Passado esse período, deve-se aguardar, pelo menos, quatro semanas. Após aborto espontâneo ou induzido, o DIU deve ser colocado imediatamente, se não houver infecção e caso a mulher deseje utilizar o método.

Existe c contraindicação?
Sim. O DIU é contraindicado para mulheres que estejam apresentando no momento Doença Inflamatória Pélvica, Infecções sexualmente transmissíveis, miomas que distorçam a cavidade uterina, sangramento vaginal sem diagnóstico, malformações uterinas e estreitamento do canal do colo uterino, câncer do colo de útero e do endométrio.

O DIU é abortivo?
Não. O DIU é um método contraceptivo que, por sua presença física e efeitos no útero, impede o encontro do óvulo com o espermatozóide. Ou seja, o DIU age antes do processo de fecundação do óvulo, não havendo razões para a associação.

O DIU pode deixar a mulher infértil?
Não. O DIU não provoca infertilidade. Se a mulher quiser engravidar, o DIU pode ser retirado a qualquer momento.

O DIU influencia na menstruação?
O DIU de cobre pode intensificar o fluxo menstrual e até causar mais cólicas nos primeiro três meses após a inserção. Mas esse sintoma tem caráter transitório na maioria das mulheres.

Dói para colocar o DIU?
Esta é uma questão que depende da sensibilidade de cada mulher a dor. Em pessoas que já tiveram parto normal, por exemplo, a dor não é um relato comum. De qualquer forma, o procedimento, em geral, é simples e indolor,  podendo trazer apenas um leve incômodo para a implantação. A retirada do DIU também é um procedimento simples e, em geral, indolor.

O dispositivo pode incomodar ou doer no útero após a implantação?
No primeiro mês, sim, pois o dispositivo pode ficar mal posicionado e vai se acomodando com o tempo. Depois desse período, incômodos ou dores na região do útero devem ser investigados.

O DIU pode sair do lugar?
Sim. Porém, são raras as situações, tanto do DIU sair do lugar como também de o útero expulsar o dispositivo.

Na relação sexual, o homem pode sentir o DIU?
Não. O que pode ser sentido pelo parceiro na relação sexual é o fio de nylon que acompanha o dispositivo, se ele for cortado muito curto depois da colocação. Nestes casos, deve-se trocar o DIU.

Uso do DIU necessita de outro método adicional?
É sempre recomendada que seja realizada a dupla proteção, ou seja, que seja utilizado também o preservativo feminino ou masculino em todas as relações sexuais (oral, anal ou vaginal), pois são os únicos métodos que protegem de infecções sexualmente transmissíveis, inclusive HIV/Aids, sífilis e hepatites virais.

Mulheres com doenças crônicas podem utilizar o DIU?
Sim. Mulheres com doença cardíaca valvar, diabetes e câncer de mama, entre outras,  podem utilizar o DIU de cobre. O dispositivo não aumenta o risco de infecções pélvicas.

O uso do DIU pode causar câncer?
Não há evidências de que o DIU aumenta o risco de neoplasia intra-epitelial cervical ou câncer de colo uterino.

Métodos de imagem como Ressonância Magnética podem ser realizados em usuárias de DIU?
Sim. Mulheres que utilizam DIU de cobre podem realizar ressonância magnética da pelve com segurança. Não há alteração significativa da temperatura intrauterina nesses casos.  Ainda assim, é importante lembrar ao radiologista que vai fazer o exame que a mulher utiliza o DIU.

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